Clique nas imagens para ampliar
Quando a paisagem é de cortar a respiração… apetece percorrê-la devagar. Na Serra da Estrela o tempo ganha um novo ritmo, por entre os caminhos sinuosos e os penedos que parecem empoleirar-se no ar.
A pressa desaparece na altitude das montanhas, e a calma acompanha-nos nas típicas aldeias e vilas serranas, por entre o arvoredo e ao longo dos cursos de água. A maior cadeia de montanhas de Portugal continental faz-nos sentir minúsculos perante a imensidão dos seus imponentes vales, marcados pelo branco dos gelos glaciares.
Visite a cidade de Seia, explore a vila de Manteigas, aprecie a paisagem magnífica da aldeia do Sabugueiro, mergulhe na beleza da Lagoa Comprida, vá às Penhas da Saúde e suba à Torre em busca de divertimento na neve. E enquanto percorre toda a Serra, explore os belíssimos lugares desérticos que esta encerra em recantos mais inóspitos. Descubra um Portugal feito de fragas, neve e exuberantes paisagens a perder de vista.
Para conhecer as voltas da Serra deve escolher um percurso. Pode deixar-se encantar pelos vales glaciares moldados há 20.000 anos pelo gelo ou seguir directamente para a Torre, ao encontro da neve e da única estância de esqui do país. Pode percorrer de automóvel as sinuosas estradas da Serra ou optar por fazer o reconhecimento da fauna e flora num passeio pedestre. Quer meditar no silêncio da montanha ou viver uma aventura com desportos radicais? Faça a escolha que mais se adapta ao seu gosto e viva a Serra como quiser.
A cidade de Gouveia, desde sempre muito ligada ao trabalho artesanal e depois industrial da lã (uma situação corrente nas localidades da Serra da Estrela) teve o primeiro foral concedido em 1186.O símbolo mais importante da presença judaica está patente na lápide, escrita em hebraico (presente no Museu de Arte Sacra) datada de 1496 e que se refere à construção da última sinagoga sefardita construída na Península Ibérica antes dos decretos de expulsão em Espanha e Portugal.
A mais antiga referência à presença judaica em Gouveia data contudo de 1334. Na época de edificação da referida sinagoga, a comunidade havia crescido exponencialmente, também com muitos dos refugiados espanhóis. Nomes como os Faravam, Baruc, Navarro, Adida, Picorro e Abenazo representavam influentes famílias.
Também nas freguesias de Melo, Folgosinho e Nabais (em especial no local de Nabainhos) existem muitas referências à presença hebraica e cristã-nova.
No período dos cristãos-novos, está documentada em processos a acusação da inquisição contra dezenas de naturais ou moradores de Gouveia.
A antiga judiaria dever-se-ia ter localizado nas actuais ruas de Cima, República (parte), das Nogueiras (parte), da Carreira Velha, das Flores do Ouvinho e Travessa da Biqueira.